domingo, 16 de abril de 2017

Guimarães Rosa


manuelzão e miguilim

"mas agora miguilim queria merecer paz dos passados, se rir seco sem razão. ele bebia um golinho de velhice."

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"'o lumêio deles é um acenado de amor...' um cavalo se assustava, com medo que o vaga-lume pusesse fogo na noite. outro cavalo patalava, incomodado com seu corpo tão imóvel. um vaga-lume se apaga, descendo ao fundo do mar. - 'mãe, que é que é o mar, mãe?' mar era longe, muito longe dali, espécie duma lagoa enorme, um mundo d'água sem fim, mãe mesma nunca tinha avistado o mar, suspirava. - 'pois, mãe, então mar é o que a gente tem de saudade?' miguilim parava. drelina espiava em sonho, da janela. maria pretinha e a rosa tinham vindo também.